Fetiche gay: um guia para iniciantes no BDSM

Nós sabemos que os leitores aqui do Ponto Gay são bem safadinhos e curtem uma putaria diferenciada. Por isso, a gente investe bastante em vídeos e histórias em quadrinhos com os mais variados tipos de fetiche, além de trazer várias dicas sobre eles aqui na seção de notícias. Aliás, se você gosta de algum fetiche que a gente nunca abordou por aqui, deixe sua sugestão nos comentários!

Voltando ao nosso tema, sabemos também que, para quem nunca fez nada realmente diferente, chegar falando sobre pet play, glory hole ou fisting, pode ser um pouco demais. Por isso, resolvemos preparar alguns textos para os iniciantes nessa prática se ambientarem um pouco mais com o mundo do BDSM. Afinal, ninguém nasceu com um chicotinho na mão, nem perdeu a virgindade com roupa de couro, né?

Inclusive, temos em nosso site um outro texto didático sobre o assunto, que fala mais especificamente sobre dominação e obediência no sadomasoquismo gay! Dê uma lidinha nele, depois volte para cá e vamos continuar nossa exploração no mundo do BDSM.

O que significa a sigla BDSM?
Pra começar, esqueça o que você sabe (ou acha que sabe) sobre BDSM. Livre-se dos preconceitos e se entregue apenas ao prazer. Pronto? Então vamos lá! Primeiro de tudo, você precisa saber que o BDSM vai muito além do sadomasoquismo e dos chicotes. Até porque, a sigla engloba quatro conceitos.

São eles: Bondage, Disciplina, Submissão e Masoquismo. A partir disso, o BDSM pode se dividir em três vertentes: Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo. Ou seja, tem muito mais formas de prazer para você explorar e escolher a sua favorita! Quem gosta de uma, não precisa necessariamente gostar da outra!

Isso também quer dizer que nem todo tipo de BDSM envolve chicotinho, couro ou sentir dor, como vamos explicar com mais detalhes a seguir... Vem com a gente!

Bondage e Disciplina:
Bondage é o ato de amarrar ou simplesmente conter os movimentos do seu parceiro com cordas, correntes ou mordaças. As populares algemas, por exemplo, estão no meio desse conceito. A ideia do bondage é a privação da liberdade e ter o parceiro inteiramente à mercê do dominador. Além disso, a outra pessoa pode provocar muito e fazer joguinhos com quem está amarrado, que o mesmo não vai ter como reagir.

Dá para começar a brincadeira até mesmo com gravatas, lenços ou lençóis. Se você gostar do negócio, pode comprar cordas específicas para isso em sex shops e amarrar seu parceiro (ou ser amarrado) de formas mais criativas. Você pode simplesmente algemar seu parceiro na cama, mas deixá-lo com o resto do corpo livre... Ou amarrá-lo completamente, a ponto dele não poder se mexer. Também dá pra usar mordaças, para que o submisso não possa falar ou tenha seus gemidos contidos.

Já a disciplina, está ligada ao conceito de bondage, mas inclui também um joguinho psicológico. Envolve impor regras para a pessoa e dar castigos, caso as mesmas não sejam cumpridas.

Dominação e Submissão
Dominação e submissão, envolve criar uma hierarquia na relação, em que uma pessoa tem poder e a outra não. Uma pessoa decide e a outra não, uma pessoa é servida e a outra serve, uma pessoa é o chefe e a outra é subordinada… Enfim, deu pra entender, né?!

O interessante é observar que, isso vai muito além do físico, de dar tapinhas ou chicotadas: quem curte D&s (assim, com "s" minúsculo mesmo, afinal o submisso é "menos" na situação) exerce essa hierarquia em todos os aspectos da relação.

Então, se você sair com um boy que curte ser submisso, você tem que exercer controle total sobre ele e mostrar que você está no comando. Xingue o escravo e faça ele sentir que você é seu dono, afinal, é assim que os submissos sentem prazer. O oposto vale se você sair com um dominador: se entregue completamente nas mãos dele e sirva seu macho, como a boa putinha que você é.

O negócio do D&s é exercer essa hierarquia, em que um parceiro é superior ao outro. Para isso, tem gente que usa uma coleira com o nome do "dono" na hora H, por exemplo, para sentir esse prazer em ser subjugado pelo dominador.

Sadismo e Masoquismo
Aqui é onde entra a parte dos tapas, do chicote, das velas e toda a dor física que a gente conhece. Percebe como isso é apenas "uma parte" do BDSM, e existem várias outras maneiras de sentir prazer com essa prática?

Claro que tudo pode estar relacionado, mas se você não curte sentir (ou causar) dor física em alguém, ainda é possível viver esse fetiche de outras maneiras. Mas, se você gosta da dor… Se entregue a ela! Existem vários instrumentos que você pode usar para brincar com seu parceiro, desde os famosos chicotes, até mesmo um chinelo que você tenha em casa.

Contudo, quando o assunto é dor física, vale à pena ter alguns cuidados para que o sexo continue seguro. Primeiro de tudo, combine uma "palavra de segurança" com seu parceiro: um termo que não tenha nada a ver com sexo ("televisão" ou "lamparina", por exemplo) e que, se for mencionado, significa que o parceiro está se sentindo mal e a violência deve parar.

Além disso, evite golpes em partes sensíveis do corpo, como a boca do estômago e o pescoço (uma enforcada leve, até pode, mas uma pancada nesse local pode ser perigoso…). Com esses cuidados, você pode descer o cacete no parceiro, que ele vai gostar.

Tudo explicado, então vamos recapitular: o BDSM vai muito além de dar uns tapinhas ou colocar uma algema no parceiro, e você pode explorar esse fetiche de várias formas. Você pode experimentar e, depois, escolher qual das três práticas você mais gosta — Bondage & Disciplina, Dominação & Submissão, Sadismo & Masoquismo... Ou praticar todas elas juntas! Então, que tal amarrar o boy, enquanto humilha ele e manda ver no chicote?

Se você não se sentir pronto para fazer tudo isso logo no começo, converse com seu parceiro e explique que você ainda está em fase experimental. Quando o assunto é prazer, o importante é se soltar e fazer tudo aquilo que você tem vontade. Se a outra pessoa também está curtindo, não tem problema nenhum!